quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Tokyo - com os amigos



"Primeiro o dever, depois o lazer."

Já tinha visitado a família e alguns museus que queria conhecer, então chegou a hora de curtir a viagem com os amigos. Nos encontramos próximo a estação de Roppongi. Ah sim, Roppongi também é famosa pela sua noite.

Primeiro fomos comer em um restaurante mexicano. Comi tacos. Uma delícia. Muy rico.



Depois, nos encontramos com o Raul, Akio e seus amigos (Andy - argentino - e seus colegas de trabalho) para irmos num barsinho chamado propaganda. Bem bacana. Um monte de estrangeiros, algumas pessoas dançando, outras conversando, bar men balaqueiro.. essas coisas.





Ficamos ali uma hora e pouco e dpois fomos a um bar chamado Sheesha. Estilo árabe. Bem bonito. Ali encontrei muitos brasileiros. Um grupo dançando, a garçonete e inclusive o DJ. Que se entregou com os funks e coisas do tipo Kelly Key. Depois ainda tocou um Zeca pagodinho que foi bem divertido. Não acreditava que tava escutando tudo aquilo em Tokyo. Ah sim, graças ao funk e ao grupo de meninas brasileiras, todos ali queriam ir para o Brasil.

Cada um, cada um.


a menina bem da frente de blusa branca é a brasileira.

Saimos dali e fomos encontrar o Kenji (amigo da Lucia que nos hospedou) que tinha ido buscar sua namorada brasileira e estava com os amigos brasileiros de sua namorada. Tokyo está cheia de latinos (vide: Latino está para Tokyo assim como Nordestino está para São Paulo). Eles estavam num barsinho mais nice. Daqueles do tipo que a gente acha que vai encontrar em Tokyo. Com música mais eletrônica. Tava bem legal. Ficamos ali uma meia hora pq ja tava meio tarde e voltamos para casa. eu MORTA. hehe.

No dia seguinte, combinamos com o Akio de ele tirar umas fotos da gente pelas ruas de Tokyo. Foi divertido. Acordamos cedo para se emperequetar um pouco e saimos por aí.



Começamos pela Tokyo Tower (uma mini Torre Eifel) e fomos indo...






Esse é um tipo de cemitério de crianças. Cada bonequinho representa uma criança e ali ficam as cinzas dela.



Até chegar em Ginza (aquele bairro com as lojas de marca) e encontrar o Sony Building.



O prédio é bem legal. De 21 de julho a 31 de agosto acontece o 41st Sony Aquarium 2008. Durante o o evento, todo prédio é temático e os produtos da Sony mostram imagens do Okinawa Churaumi Aquarium um famoso aquário de Okinawa (uma ilha do Japão que fica bem ao sul e tem um clima mais tropical).

A atração principal era uma projeção do aquário em 3D que acontecia no oitavo andar. Assim, as pessoas iam subindo os andares de escada e conhecendo os produtos da Sony.

Aqui, as pessoas podiam colocar seus nomes nas tartarugas que nadavam nas telas.



Imagens direto do aquário.



Aqui, as Cyber-shots tiravam fotos das pessoas que passavam, sempre que reconheciam um rosto (da para ver ali no catinho eu com a câmera - da Casio).



Um porta-retrato digital:



Aqui uma máquina rejuvenescedora. Olhem como eu fiquei:



Assim ficou o Akio (com seu playstation 3).



Momento óóóhh. Mira que fofinha esta maquininha que toca música e dança de acordo com o ritmo dela.




A projeção em 3D foi bacana. Mas, claro, não deu para filmar. Ah sim, obviamente, tudo gratuito.

Depois dali fomos almoçar num Mc (sim, de novo. na verdade, o Mc é a comida barata de Tokyo) onde tocava MPB. mesmo. Acho que ouço mais MPB pelas ruas do Japão do que nas do Brasil. Depois nos encontramos com Raul que nos guiou até Odaiba. Tipo uma ilha do futuro.

Para ir até lá, um monotrilho sem maquinista.







E lá, algumas coisas como essa :O



Toda a ilha foi construída artificialmente e está tudo sobre uma espécie de segundo andar contra marés-altas (e anti aquecimento global, hehe). Todos os prédios da ilha produzem toda a energia que consomem atravéz das ondas do mar.

E não me perguntem por quê, há uma pequena estátua da liberdade ali.



Uma pena que estava chovendo (a cidade do futuro não é anti-chuva) e fazia um pouco de frio, o que encurtou um pouco nosso passeio. mas valeu. Na volta, uma volta de barco.



Foi divertido, mas podia ter sido esse:





Não fosse a falta de plata. hehe.

Depois jantamos e encontramos com as outras gurias. Conhecemos o Eric, um mexicano buena onda amigo do Raul. No dia seguinte, as 4:10 da manhã saímos rumo a Yamaguchi. No mesmo esquema indiada com emoção da ida.



Bah, tchê. Fazia mais frio do que a gente esperava (eu e Vale morrendo de frio).



:)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Tokyo - sola

Então. A partir das 13h do sábado estava solita na estação de Tokyo. Só eu, minha mochila cheia de coisinhas que a tia me deu (é um costume japonês encher as sobrinhas de presentes. hehehe), uns ienes e uns mapas.



Minha tia havia me explicado antes que em algumas estações havia estas portas para que algumas pessoas estressadas não empurrem outras no trilho :O

...

uma historinha no meio sobre o suicídio nos trilhos de trem. meio trash.

parece que acontece com certa frequencia em Tokyo. o Raul contou-nos que presenciou um uma vez. Em Tokyo os trens são bem mais rápidos e as pessoas estão bem menos atentas nas outras, de forma que é mais fácil chegar e se atirar na frente de um trem sem chamar muita atenção.

nota 1: o trem para quando isso acontece, os trilhos são limpos e tudo volta a funcionar normalmente em 20 min. Já existe um procedimento padrão para estes casos.

nota 2: a família da pessoa que se suicida tem que pagar por todo o prejuízo que estes 20 min de atraso causaram ao governo japonês. Em Tokyo, estamos falando de milhões de dólares. Pq? Se por exemplo, se um empresårio consegue comprovar que deixou de fechar um negócio por causa de seu atraso (falta gravíssima no Japão), o governo tem que pagar uma determinada porcentagem do dinheiro que o empresário deixou e receber. Estamos falando de UMA pessoa em Tokyo. Se ainda considerarmos que um trem atrasa o outro.. viixe. da para ter uma idéia da bagunça que dá.

Isso justifica um suicídio nos trilhos de duas formas: um protesto contra a sociedade e, principalmente, contra a família. De outra forma, a pessoa se suicidaria em casa.

Quando isso fica mais evidente? quando o suicida tira os sapatos (!?). Acontece que, quando o suicida não tira os sapatos, a família ainda pode alegar que foi um acidente, que ele foi empurrado (de repente até pode cobrar uma indenização do governo). Quando o suicida está sem calçados, ele está dizendo "isso foi um suicídio." e mais "quero que minha família pague por isso."

Que coisa não. Lendas urbanas? coisas de Tokyo.

...

voltando para a historinha feliz da Louise...



Cheguei viva na estação de Roppongi depois de pegar dois trens bem sucedidamente. Roppongi é um bairro bem modernoso de Tokyo. É um bairro para turistas. Lojas, restaurantes, hotéis, prédios gigantes e .. museus! Havia três que eu pretendia visitar. Mas meus planos foram mudando no meio do percurso. no final, acho que foi para melhor.



O primeiro museu que queria visitar era o 21_21 design sight. No caminho, umas fotinhos da rua.

Tokyo Midtown



Feinha a entrada para a estação de trem, né?



E na frente, um jardinzinho com um riacho artificial liindo.





Depois de duas quadras da estação, ali estava o museu.







Passagem de trem: US$ 2,50
Valor do ingresso no museu: US$ 7,00
Conhecer um museu de design de Tokyo: não tem preço ;D

A exposição não tinha muitas obras, mas era muito bonita, tinha umas referências dos antigos tempos do japão. mas valeu mesmo pelo museu, que é muito bonito. Infelizmente, não se podia tirar fotos.

Na saída, comprei uma revista do museu. Queria comprar todos os livros que eles tinham lá, mas a revista foi o que a verba permitiu. hehe.

Saindo dali estava de frente para o prédio principal do Tokyo Midtown. Não resisti aos apelos dessa gentil passarela que ao final da cruzada avisa as pessoas para terem cuidado com os degraus.



E ela me levou até o hall do prédio:



Onde logo procurei um banheiro e eis o que encontro nele



Explorando o prédio...







Até que...



encontrei uma exposição de trabalhos de universidades de design do Japão.



Havia alguns trabalhos legais. Entre eles, um sabonete que brilha no escuro. Mas nada de super surpreendente. Fiquei mais impressionada com a beleza do prédio. Muito bonito. Na exposição, peguei uns folders de algumas universidades que parecem ser bem interessantes. E ali vi um flyer de outra exposição:



Resolvi ir para lá. Perguntei para a recepcionista onde era e como se chegava. Era em Ginza ( INSERIR LINK http://en.wikipedia.org/wiki/Ginza). Um dos bairros mais chiques de Tokyo. As ruas de Ginza são famosas pelas lojas de marcas como Cartier, Fendi, Zara, Gucci... e pela Apple Store (perdi), Sony Building entre outras coisas. Peguei um trem e em 5 menos de cinco minutos estava em Ginza.



Encontrei a galeria e entrei na exposição (gratuita). Como era uma exposição digital, muitas das coisas que ali estavam pode se ver na internet (claro, em proporções menores). A maioria pode ser encontrada aqui.

E aqui tá o pequeno portfólio do autor da exposição. Que também era uma das obras da mesma. Recomendo.

Outras obras que me chamram a atenção foram as campanhas da Uniqlo (tipo uma renner grandota). O Uniqlo Grid e o UT LOOP. Aliás, para quem tiver um tempinho, recomendo dar uma olhada no site deles. Onde encontrei coisas interessantes como o Uniqlock.

Dêem uma espiada também na campanha do Softbank (companhia de celular): Hello, world!. Bem querida.

Arte e publicidade se misturando. mais uma vez.

O segundo andar tinha uns 15 monitores. Cada monitor mostrava uma obra. Todas as obras duravam 30 segundos. Cada monitor tinha um tema, e várias obras de 30 segundos sobre este tema. Havia um relógio que contava os segundos e fazia um barulho um pouco mais forte em 30 segundos, quando todas as obras começavam juntas novamente. E as pessoas iam passando pelas obras, mais ou menos de 30 em 30 segundos em rodizio. Interessante.

Um dos monitores que me chamou a atenção apresentava o FFFFOUND! um site tipo o del.icio.us só que de imagens. As pessoas vão marcando suas imagens preferidas da web e consequentemente recomendando as mais marcadas umas para as outras.

Sai dali e caminhei um pouco pelas ruas de Ginza. Comprei um vestido na Uniqlo (completamente influenciável). E fui atrás de de outro museu (ACHAR O NOME DO MUSEU). Encontrei, depois de penar um pouco (acreditem, a grande maioria das pessoas em Tokyo não sabem falar inglês e não conhece os principais museus da cidade), mas cheguei as 19:00 e a última admissão era as 17:30. bom, melhor assim, da próxima vez, não perco tanto tempo procurando e, de qualquer forma, não ia ter tempo de ver tudo o que tem ali dentro a partir das 19:00.

:O



ufa. então me dei conta que a maioria dos museus deveria estar fechando e resolvi relaxar. a maratona tinha terminado. com um bom saldo. Parei num Starbucks (nunca tinha ido num!)



Tomei um café delícia com um cookie mucho. Liguei para os amigos e eles foram me buscar lá para sairmos juntos. Me arrumei no banheiro da cafeteria (com o vestido novo :) e me encontrei com eles..

mas aí já não estava mais "sola", então o resto da história vai para outro post ;)

Tokyo - com a família



ps: essa parte da viagem foi a mais tranquila. pode parecer chata para os que não são muito chegados em programas familiares. mas para mim, foi ótima. deu para se recuperar um pouco da viagem de trem e rever os entes queridos, além de conhecer como levam sua vida no Japão.

... Chegamos em Tokyo na quinta feira e dormimos na casa do Kenji. Uma casinha japonesa bem tradicional, super simpática. No dia seguinte, eu tinha combinado com a minha tia que mora em Tokyo e com o meu tio que mora em Yamanashi (1 hora de Tokyo) de almoçarmos todos juntos. Então sexta pela manhã me separei das gurias e fiquei perto da estação de Sengawa, onde meus tios foram me buscar.

Antes, dei uma volta por ali.



Primeiro chegou a família da minha tia - tio Kunio, a prima Yukari e o Musashi. Fazia mais de oito anos que eu não via eles. Foi legal ver meus priminhos crescidos :) Os dois só falam japonês.

Depois nos encontramos com meu tio, sua esposa e seu filhinho lindo, o Nick. Ele tem oito meses e eu não conhecia ele ainda.



Meus tios são todos brasileiros decendentes de japoneses. Nasceram no Brasil e resolveram ir trabalhar no Japão. Estão aqui há mais de 15 anos levando duas vidas e formando suas famílias. De vez em quando (uma vez em cada 5 anos?) voltam para o Brasil para nos visitar. É sempre bom reencontrar eles :)



Almoçamos e fomos fazer umas compras em Ueno (um bairro de Tokyo). As ruas ali perto da estação de Ueno não são muito diferentes das de Porto Alegre, ignorando o fato de haver japoneses e estrangeiros por toda a parte.

(tá bom, essa parte é um pouquinho diferente. hehe)







Há três pessoas da minha família na foto abaixo (que estavam nas fotos anteriores) vc consegue achar? hshs.


Olha quem também tava lá (as Havaianas são bem menos conhecidas no Japão do que se pensa). E vai ver que o pessoal daquela marca de cadernos que atendemos tinha razão. Não é que o verde tava em promoção (segundo eles, caderno verde não vende)?


Menininhas lindas na estação de trem.


Dali, me despedi do meu tio e de sua família e fui jantar com a família da minha tia num rodízio (literalmente) de sushi superdivertido. Havia uma esteira gigante percorrendo as mesas e todos os pratos ficavam rodando sobre a esteira. Se houvesse algum prato que estivesse demorando a chegar, a pessoa podia pedir por um monitor sua comida, que ela vinha numa espécie de trenzinho até sua mesa. Um amor.

No caminho:


E lá:




Depois fui para casa deles, onde fiz um email para a minha tia (acreditem, ela não tinha um) e abri uma conta no skype para ela poder falar a nossa família no Brasil. O marido dela, também brasileiro, pode falar e ver sua irmã. Os filhos da irmã dele, primos dos meus primos, viram a Yukari e o Musashi (meus primos) pela primeira vez. Acho que fazia pelo menos uns 10 anos que as famílias não se viam. Fiz a boa ação do dia. Foi emocionante.

No dia seguinte, a tia me levou a um 100 iene shop (1,99 japonês) gigante cheio de coisinhas legais e almoçamos juntos. De sobremesa, sorvete de casquinha sabor chá verde com baunília. hmmm... delícia.

Depois do almoço, minha tia me deixou na estação, de onde queria começar a me aventurar sozinha por Tokyo. Queria ver uns museus, então preferi ir sozinha para não arrastar a família. Sem contar que a coisa fica muito mais emocionante assim..

Mas essa parte já não faz mais parte desse post, entitulado "com a família", então vai ficar para o próximo ;) hshs.